udo começou num dia “em que a neve e o vento eram mais puros”. Ana é o nome de uma velha, deixada em casa, ereta como um emblema. O seu rosto é sulcado e orgulhoso, o seu corpo pesado e digno. Ana é um pouco mais que uma avó e um pouco menos que um símbolo. Ana também é mulher e fica doente, mas não se deixa levar. O filho de Ana, um antropólogo, dá uma longa palestra sobre a antiga história das jangadas na Mesopotâmia. A lembrança de Ana de um eclipse de há muito tempo atrás assombra-a como representante do fim das coisas. Ainda assim, na própria narrativa de Ana sobre o eclipse, numa passagem da “Terceira Elegia” de Rilke sobre sonhos febris primitivos, uma cena mostra a luz do sol através de um prisma num quarto escuro.