Uma semana antes do natal e após receber mais uma carta de despejo, Esperança, “agride acidentalmente” à bengalada o sobrinho do senhorio que a quer para fora da casa onde vive há já cinquenta anos no Bairro do Castelo. Artur e Leonor, o Filho e a Nora, apressam-se a interceder numa tentativa de gerir o conflito entre Esperança, agora constituída arguida, e o proprietário António, um elegante homem de oitenta e muitos anos que parece saber mais sobre Esperança do que ela imagina. Na noite da consoada a família reúne-se à volta da mesa, onde deixa claro que dali não sairá a não ser no dia da sua morte. Para surpresa de todos, Esperança anuncia a chegada de uma “Hóspede”, alguém que vem para ficar.