Eça de Queiroz, para além de brilhante escritor, dedicou a sua actividade profissional à carreira diplomática, tendo começado precisamente por Cuba em 1873, daí seguindo para Newcastle e depois para Bristol, onde esteve entre 1874 e 1878. Finalmente, em 1888 seria nomeado cônsul em Paris, que foi o seu último posto consular. Chegado a Havana com 27 anos, imbuído das novas correntes ideológicas e literárias que circulavam pela Europa de então, Eça encontra uma ilha onde se defrontavam duas potências – uma em declínio, a Espanha, outra em ascensão, os Estados Unidos da América – e onde ainda vigorava a escravatura, mas também onde já fermentava o espírito independentista dos cubanos.